Endogamia Barbalhense: A conexão familiar dos Alves de Sousa, Viardo, Saraiva, Vidal de Lima, Silva Caldas e outros sobrenomes...

Quando as sombras do tempo se alongam sobre os pilares da memória, uma voz ecoa através dos séculos, sussurrando: "As pessoas só morrem quando são esquecidas". É nesse espírito de conexão com nossas raízes e na busca por manter viva a chama da história familiar que este espaço se transforma em uma jornada compartilhada.

No dia 26 de novembro de 2021, dei início a uma investigação que se revelaria muito mais do que uma mera busca por nomes e datas, mas um profundo mergulho nas complexas histórias que compõem a tapeçaria de nossos antepassados. Minha pesquisa me levou a descobrir que nossa família é vasta e repleta de acontecimentos significativos. O primeiro antepassado que encontrei foi o Capitão Reinaldo Alves de Sousa, cuja certidão de batismo datada de 12 de maio de 1840 marca o início dessa jornada. Reinaldo se destacou como uma figura de relevância em nossa genealogia, representando um elo vital em nossa história.

Ao longo do caminho, minha investigação me levou até o ano de 1750, na encantadora cidade de Gênova, na Itália, onde descobri Giacomo Viardo e sua esposa, Maria da Assumpção. Eles são meus octavós, ou seja, ancestrais da décima geração e, até agora, os antepassados mais antigos que consegui identificar. Suas vidas são uma ponte que conecta o passado ao presente, e suas histórias ecoam nas narrativas de nossa família.

Explorando mais a fundo, percebi que alguns de nossos antepassados estavam vinculados à histórica Ordem dos Cavaleiros Templários, que foi uma das mais poderosas ordens militares e religiosas da Idade Média. Essa conexão com a ordem remete a um passado glorioso e turbulento, que ecoa em cada narrativa de nossa linhagem. Posteriormente, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo foi criada em Portugal por volta de 1319, com a missão de continuar o legado dos Templários, e foi extinta em 1834, em meio a um contexto de reformas liberais que alteraram radicalmente o panorama social e político do país.

A história mais recente da nossa família se desenrola na região do Cariri cearense, especialmente nas cidades de Barbalha, Missão Velha, Crato, Jardim e Juazeiro do Norte. Esta terra, rica em tradições e cultura, não é apenas o cenário de nossas origens, mas também o testemunho de eventos marcantes que moldaram nossa identidade. Em 2006, descobri a intrigante história de Frei Murilo Antônio Severino de Sousa, meu tio-avô e irmão do meu avô materno, Raimundo Severino de Sousa. A partir desse momento, iniciei uma pesquisa detalhada sobre ele e seu assassinato, um crime cuja verdade permanece não desvendada até hoje. Essa busca não apenas revelou novos parentes, mas também me apresentou ao fascinante mundo da genealogia, inspirando-me a escrever um livro que celebraria nossa rica herança familiar.

À medida que aprofundei minhas pesquisas, a questão da endogamia emergiu, refletindo uma prática comum em nossa história familiar, onde casamentos entre parentes próximos foram frequentes. Essa prática, embora tenha fortalecido os laços familiares, também trouxe à tona desafios e nuances em nossa genealogia, complicando a identificação de alguns membros. Para lidar com a complexidade dos homônimos, adotei a numeração Sosa-Stradonitz, uma ferramenta que facilita o rastreamento e a identificação de cada indivíduo em nossa árvore genealógica.

Este site, portanto, não é apenas um repositório de informações, é um projeto ambicioso que se transformará em um futuro livro, dedicado a compartilhar e preservar as histórias de nossa família. Se você tiver mais informações, correções ou quiser contribuir com sua própria narrativa, estou à disposição para ouvir suas histórias. Você pode me contatar através do meu e-mail sinatro@msn.com ou pelo WhatsApp.

Espero que este espaço se torne um farol, guiando aqueles que buscam se reconectar com suas raízes e reafirmando que as pessoas não são apenas sombras do passado, mas seres vivos que continuam a moldar nosso presente. Sejam bem-vindos à nossa comunidade de descoberta genealógica!

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